UMA GREVE QUE TROUXE AVANÇOS E LIÇÕES
Apesar de difícil, foi, sim, uma luta histórica e especial porque uniu trabalhadores e trabalhadoras de categorias importantes, como educação, saúde e segurança, todas em luta contra asfamigeradas políticas neoliberais “tucanas” (leia-se PSDB!) de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores, de desmonte das políticas sociais, em benefício de uma agenda privatizante para atingir essas e outras áreas voltadas ao atendimento da população.
Na educação, apesar do “show” de intransigência, falta de díalogo, ameaças e mesmopunições que foi dado pelo Governo do Estado, ficou a certeza de que a nossa luta está, sempre e cada vez mais, forte e acesa! Que a nossa teimosia cidadã, a nossa vontade de não ter medo – mas sem dar passo em falso ou afobado – vai sempre prevalecer, ano após ano, luta após luta.
A greve terminou. Dela saímos com vitórias pontuais e com avanços que poderiam ter sido maiores se o governo tucano não usasse a intimidação e a truculência contra companheiras/os já precarizados em seu contrato de trabalho. Mesmo assim, muitos monitores (leia-se trabalhadoras/es em educação) entraram na luta e construíram, ao lado de todas/os as/os companheiras/os efetivas/os, uma verdadeira trincheira de luta (viva à nossa unidade!). O momento, agora, é de garantir o acordo quearrancamos por escrito do governo estadual; de passar para a categoria a certeza de que não foi pouca coisa o que conquistamos nas ruas e assembléias, no grito e na garra.
Um por um dos pontos elencados a baixo foi conquistado com muita luta por cada trabalhadora/or da educação contra um governo que, há 04 anos, desrespeita a educação e a categoria! Vamos a eles, então, e parabéns a todas/os as/os companheiras/os pela lição de combatividade e coragem!
O ACORDO PONTO POR PONTO
REAJUSTE SALARIAL: Saltamos de um reajuste de 5,91% cento (ainda mais dividido em duas vezes!) para 7% retroativo a maio (o que ainda é pouco) e conseguimos avançar para uma política salarial que nos garante, a cada ano, a reposição da inflação, por meio de reajuste de referência (IPCA + Aumento da receita estadual). Atenção: a partir de agora, nosso poder de luta e de mobilização seráfundamental para garantir percentuais maiores de reposição salarial!
ABONO DE FALTAS (PUNIÇÃO ‘ZERO’): A justa luta da educação não será punida. O Ofício n° 110/2011 da Secretaria de Gestão Pública diz que “não haverá punição dos atos exclusivamente ligados ao movimento grevista reivindicatório”.
MESA DE NEGOCIAÇÃO: Fica mantida a mesa de negociação da educação (que iremos cobrar a toda hora!). A Secretaria de Gestão Pública, oficialmente, promete estabelecer por decreto uma mesa de negociação permanente com representação de todas as categorias.
“NÃO” À CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA, E “SIM” AO CONCURSO PÚBLICO: Nossa luta derrotou overgonhoso projeto de lei do governo pró-contratação temporária por 48 meses e a realização deconcurso público já é pauta da agenda do governo.
ALINHAMENTO DE TABELA (PCC/FUNCIONÁRIOS): Apesar de a tabela apresentar dificuldades, com problemas para a carreira, deve-se levar em consideração que, a partir do acordo com o governo, fica consolidado o salário mínimo como piso, mais os 7% do reajuste salarial retroativo a maio, para mais de 70% do universo de funcionárias/os.
PROGRESSÃO (MUDANÇA DE LETRA): Quem tem direito à mudança de letra terá ganho real comreajustes que vão de 6% a 31,88%. Por exemplo, da letra A para B e da letra B para C o ganho é de6% (mais os 7% de reajuste retroativo a maio) e da letra C para D o ganho é de 31,88 (mais os 7% de reajuste retroativo a maio).
ATENÇÃO!!!
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Fonte: SINTEAL
Disponível em: http://www.sinteal.org.br/noticias_detalhes.asp?id=4211
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