Em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 3, o deputado Judson Cabral (PT) voltou a defender o movimento grevista dos servidores públicos estaduais e criticou o governo do Estado, que na visão do petista não tem dado a devida atenção aos trabalhadores. “O que pode agravar ainda mais a situação”, observou Cabral. Os trabalhadores estaduais lutam por melhores salários e rechaçam o aumento de 5,91% proposto pelo Governo. Eles prometem entrar em greve, caso o Executivo não negocie com as categorias.
“Não posso concordar com o reajuste de 5,91%, depois de cinco anos, onde parte dos servidores nem ao salário mínimo têm direito”, declarou o parlamentar, acrescentando que esteve presente na assembleia realizada pelos policiais militares e presenciou o inconformismo e a revolta de alguns policiais sobre as decisões do Tribunal de Justiça quando antecipa liminares colocando ilegalidades à greves que ainda não foram deflagradas.
Segundo Cabral, os policiais militares se mostram indignados com o Poder Judiciário, que não age em defesa da categoria quando questionam o descumprimento de leis, que asseguram o reajuste proveniente da isonomia salarial. O deputado apelou para que a liderança do governo na Assembleia Legislativa promova um canal de diálogo, para que os parlamentares possam ajudar na intermediações entre os trabalhadores e o Executivo.
Em aparte, o líder do governo na Casa, deputado Edval Gaia (PSDB) defendeu o Executivo, argumentando que o governador Teotonio Vilela Filho está preocupado com a situação e que a disposição para o diálogo continua. Gaia destacou, inclusive, a implantação da política salarial do Estado que permite o reajuste dos vencimentos do funcionalismo anualmente. “O que resta é discutir as perdas, se é que houve perdas. O governo tem o maior interesse em resolver a questão dos servidores”, garantiu o líder governista.
Assessoria ALE
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