Servidores da Educação param por mais oito dias em Alagoas
Categoria protesta em frente à Secretaria de Gestão Pública para cobrar melhorias nas condições de trabalho
Gazetaweb- com Janaina Ribeiro e Wanessa Oliveira
Os servidores da Educação em Alagoas decidiram, na manhã desta quarta-feira (25), estender a paralisação por mais oito dias. Somente após esse período eles se reúnem para ver se deliberam a greve por tempo indeterminado. A categoria alega que o governo não chamou os professores para nova rodada de negociação, acusam o chefe do Executivo de administrar o Estado com interesses contrários aos da população e disparam críticas à gestão tucana denominando-a de 'truculenta'.
"Esse governador tem se comportado de forma truculenta e desrespeitosa. Enquanto ofereceu apenas 7% de reajuste aos servidores e ainda em suaves parcelas, para os mais abastados da gestão ele deu entre 35% e 135%. Ofereceu aumento maior para quem detém o poder econômico, para os abençoados pelo Estado de Alagoas. E, para agravar a situação, ainda diz: é pegar ou largar. Isso é forma de tratar os trabalhadorees?”, disparou Célia Capristano, presidente do Sinteal.
Segundo ela, justamente porque não houve um nova rodada de negociações, com a possibilidade de aumentar o percentual de reajuste, o movimento decidiu por mais dias de paralisação. “Hoje completamos uma semana de greve. Como havíamos marcado para hoje uma assembleia, aguardemos o que os trabalhadores vão decidir. Todavia, já adianto que os ânimos são para dar continuidade à paralisação”, advertiu.
A sindicalista garantiu que o movimento continua forte, unido e expandindo para o interior as mobilizações. “Estivemos segunda-feira em Arapiraca e, no incício da próxima semana vamos para Palmeira dos Índios. Das 342 escolas públicas da rede estadual de ensino, temos cerca de 200 sem aulas. E vale lembrar que essa paralisação não é culpa nossa, ela é de responsabilidade do governo, já que ele não faz a sua parte”, alfinetou ela.
Greve geral
Girlene Lázaro, que também compõe a diretoria do Sinteal, informou que o Movimento Unicado dos Servidores Públicos de Alagoas já discute, para a próxima semana, a possibilidade de uma paralisação de todas as categorias que reivindicam reajuste salarial. “O prazo dado pelo governo termina dia 30 e, como não aceitaremos os 7%, provavelmente a situação vai se complicar ainda mais. Acho que estamos caminhando para um greve geral, que deverá ser decidida para ter início já na próxima semana”, afirmou.
Ela também disse que a possibilidade do Movimento pedir o impeachment do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) não está descartada. “Esse assunto está em discussão. Caso não haja avanço, vamos à greve geral e, em seguida, para a mobilização em torno do impeachment, sem assim avaliarmos essa necessidade. Esse governo não serve para sociedade alagoana”, declarou a sindicalista.
Os manifestantes fizeram caminhada, juntamente com representantes da Secretaria de Agricultura e das polícias Civil e Militar, da Assembleia Legislativa (ALE) e fazendo perigrinação pelo Centro de Maceió até a Secretaria de Gestão Pública (Segesp), na Avenida Barão de Penedo.
Equipes do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e também guardas da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) estiveram nas vias de acesso à Segesp por conta do retardamento do fluxo de veículos.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/educacao/texto_completo.php?c=7353
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