10 de julho de 2015

Servidores da Educação de Alagoas entram em GREVE a partir do dia 16

Imagem: SINTEAL

Depois do governo Renan Filho descumprir a data base de reajuste do servidor - maio, e depois de várias tentativas de acordo, a categoria decidiu pela greve a partir do dia 16 de julho, próxima quinta-feira e cobra o reajuste de 13,01% para toda a categoria e não somente para os professores de nível médio. Além disso, a proposta do governo em parcelar o mísero reajuste oferecido em três vezes causou imensa revolta nos servidores.

O salário dos professores em Alagoas está extremamente defasado e a lei do piso só vem sendo aplicada para os professores de nível médio o que deixa os professores de nível superior em situação muito desconfortável. Muito em breve, se essa política salarial continuar assim, os professores de nível médio ganharão mais do que os de nível superior em Alagoas. 

A Greve é por tempo indeterminado, informa o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas - SINTEAL.

A insatisfação dos professores, principalmente, vem de longas datas. A progressão da carreira desses profissionais praticamente não existe e assim os salários vão ficando cada vez mais defasados e os mesmos vão se desestimulando e muitos buscam outra profissão paralela à educação, ou deixam de vez a carreira.

Não raros são os casos de professores depressivos e fora do ambiente de trabalho, ademais a situação da maioria das escolas é deplorável, salvo algumas unidades em cada Coordenadoria de Ensino que servem para a publicidade do governo e para maquiar a situação real da Educação em Alagoas. Além de tudo, hoje o professor sofre constantemente com o medo, pois as salas de aulas estão cada vez mais preenchidas com alunos violentos, que não querem estudar e que estão ali forçados, seja pela família ou pela justiça, ou para outros fins que prefiro não comentar...

E o que falar da situação precária dos espaços físicos das escolas? A nossa unidade de ensino, por exemplo, que já conta com mais de 30 anos NUNCA FOI REFORMADA! Sofremos com esgoto correndo a céu aberto, salas de aula apertadas, inexistência de refeitório e pátio coberto para os alunos, falta de segurança com muros baixíssimos caindo, pessoas estranhas adentrando o espaço escolar, cozinha e banheiros convivendo praticamente no mesmo espaço, entre outras dezenas de problemas. Mas para não reformar nem ampliar os espaços escolares, o governo fez uma enorme propaganda e depositou na conta das escolas uma quantia para solucionar os problemas das mesmas. Algumas receberam cerca de dez mil reais, outras menos, outras um pouco mais colocando assim na mão dos diretores a missão de solucionar os inúmeros problemas das escolas. Pobres diretores...


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